CONHECER O LUGAR FAZ PARTE DA CAMINHADA.
Somos verdadeiros especialistas na arte da observação.
Observamos o mundo que nos cerca de forma quase doentia. Enxergamos, rotineiramente, as "falhas" e as "qualidades" do outro; pesamos na nossa balança as situações que vivemos, atribuindo características aos nossos semelhantes, a partir desse nosso olhar, muitas vezes distorcido, viciado, egoísta. Aquilo que apontamos no outro está profundamente conectado com a forma como nos enxergamos. Esse olhar, portanto, muitas das vezes, é um olhar revestido de falhas.
Precisamos compreender a necessidade do autoconhecimento, que é essencial para a prática do viver. Como conheceremos o mundo que nos cerca, se sequer nos conhecemos? Trata-se de uma necessidade tão antiga quanto a organização dos agrupamentos humanos. Todavia, sempre foi rejeitada pela maioria dos indivíduos, mesmo com os alertas emanados de grandes conhecedores da alma humana, como Jesus Cristo e Sócrates.
Ao conhecer um ambiente diferente daquele com o qual nos acostumamos, no decorrer de nossa existência, é inevitável o questionamento acerca daquilo que fez e daquilo que faz parte do nosso lugar. De algum lugar de minha mente, surge a letra daquela maravilhosa composição do poeta cearense Belchior,“Conheço o meu lugar", e reflito: onde é o meu lugar? Onde me encontro agora, onde me encontrava, no ano passado, no ano retratado, ou o lugar de onde venho? Sou um exilado geográfico ou um exilado emocional? Esse questionamento me acompanha na minha busca. E essa busca se baseia nesse questionamento.
Seria eu um integrante de um "lugar dos esquecidos"? Um eterno caminhante, esquecendo de fazer o caminho ao caminhar? Reflito sobre isso agora, enquanto alguns sons e algumas imagens teimam em penetrar minhas lembranças e povoar os meus pensamentos.
Contra o esquecimento, a memória; contra o medo, o enfrentamento; contra o isolamento, a convivência com o outro; contra o egoísmo, o altruísmo. Mas, dentro de mim, esses opostos convivem, bem mais em uma postura de aceitação recíproca do que de embate, pois o esquecimento é o renegar da memória, o enfrentamento elimina o medo, o isolamento, muitas das vezes, decorre da decepção com a convivência, e o egoísmo e o altruísmo se completam.
Temos muito medo de olhar dentro do nosso coração, da nossa mente, da nossa alma. É mais fácil tentar enxergar, conhecer, desvendar a alma do outro.
.Acovardado, mas, simultaneamente, tomado de coragem, início essa viagem, nesse momento de minha vida, onde aflora a necessidade de conhecer o horizonte que se descortina diante de meus olhos. Lá, ao longe, a luz aparentemente inatingível, sorri, esquiva, sorrateira, aproveitando o seu momento de superioridade sobre a minha temporária ignorância. Por alguns segundos, penso, e constato de forma taxativa, inspirado por uma das mais belas letras escritas nesse país nas últimas décadas:
"Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente".
Observamos o mundo que nos cerca de forma quase doentia. Enxergamos, rotineiramente, as "falhas" e as "qualidades" do outro; pesamos na nossa balança as situações que vivemos, atribuindo características aos nossos semelhantes, a partir desse nosso olhar, muitas vezes distorcido, viciado, egoísta. Aquilo que apontamos no outro está profundamente conectado com a forma como nos enxergamos. Esse olhar, portanto, muitas das vezes, é um olhar revestido de falhas.
Precisamos compreender a necessidade do autoconhecimento, que é essencial para a prática do viver. Como conheceremos o mundo que nos cerca, se sequer nos conhecemos? Trata-se de uma necessidade tão antiga quanto a organização dos agrupamentos humanos. Todavia, sempre foi rejeitada pela maioria dos indivíduos, mesmo com os alertas emanados de grandes conhecedores da alma humana, como Jesus Cristo e Sócrates.
Ao conhecer um ambiente diferente daquele com o qual nos acostumamos, no decorrer de nossa existência, é inevitável o questionamento acerca daquilo que fez e daquilo que faz parte do nosso lugar. De algum lugar de minha mente, surge a letra daquela maravilhosa composição do poeta cearense Belchior,“Conheço o meu lugar", e reflito: onde é o meu lugar? Onde me encontro agora, onde me encontrava, no ano passado, no ano retratado, ou o lugar de onde venho? Sou um exilado geográfico ou um exilado emocional? Esse questionamento me acompanha na minha busca. E essa busca se baseia nesse questionamento.
Seria eu um integrante de um "lugar dos esquecidos"? Um eterno caminhante, esquecendo de fazer o caminho ao caminhar? Reflito sobre isso agora, enquanto alguns sons e algumas imagens teimam em penetrar minhas lembranças e povoar os meus pensamentos.
Contra o esquecimento, a memória; contra o medo, o enfrentamento; contra o isolamento, a convivência com o outro; contra o egoísmo, o altruísmo. Mas, dentro de mim, esses opostos convivem, bem mais em uma postura de aceitação recíproca do que de embate, pois o esquecimento é o renegar da memória, o enfrentamento elimina o medo, o isolamento, muitas das vezes, decorre da decepção com a convivência, e o egoísmo e o altruísmo se completam.
Temos muito medo de olhar dentro do nosso coração, da nossa mente, da nossa alma. É mais fácil tentar enxergar, conhecer, desvendar a alma do outro.
.Acovardado, mas, simultaneamente, tomado de coragem, início essa viagem, nesse momento de minha vida, onde aflora a necessidade de conhecer o horizonte que se descortina diante de meus olhos. Lá, ao longe, a luz aparentemente inatingível, sorri, esquiva, sorrateira, aproveitando o seu momento de superioridade sobre a minha temporária ignorância. Por alguns segundos, penso, e constato de forma taxativa, inspirado por uma das mais belas letras escritas nesse país nas últimas décadas:
"Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente".
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