A diferença entre o legal e o justo (Flávio dos Anjos e Andreia Ramos)


O Governo do Estado clama pelo cumprimento da legalidade, no que diz respeito à greve dos professores. Em termos jurídicos e políticos, a greve  deveria encerrar-se imediatamente, em cumprimento à decisão judicial.
Se analisarmos a situação apenas sob o prisma da legalidade, o Governo está correto, uma vez que obteve o reconhecimento judicial favorável à sua postura. Mas, os educadores chegaram ao limite da paciência, do conformismo, da aceitação de uma situação que lhes é imposta por uma relação de poder desigual e injusta. A legitimidade do movimento, muitas das vezes, não é reconhecida pela legalidade.
Pilares institucionais, como a educação, a saúde e a segurança, não podem mais ser tratados com o descaso costumeiro por parte dos detentores do poder. Os governantes precisam reconhecer a distinção entre o legal e o justo, o legal e o legítimo, o legal e o correto.

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