2º PLANO DE AULA - CIÊNCIA POLÍTICA.
FACULDADE UNIEVANGÉLICA DE
GOIANÉSIA - FACEG
CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: CIÊNCIA POLÍTICA
DOCENTE: DOUTOR FRANCISCO
FLÁVIO OLIVEIRA DOS ANJOS
2º
PLANO DE AULA
Conteúdo
programático da aula
As teorias mais
influentes, sobre a organização do Estado, no Ocidente: o Maquiavelismo e o absolutismo.
Objetivo
geral
Apresentar ao
discente, de forma detalhada e crítica, as teorias que construíram o pensamento
político ocidental, até a contemporaneidade.
Objetivos
específicos
1. Ressaltar
a importância das teorias que mais influenciaram na construção do pensamento
político ocidental;
2. identificar
os aspectos filosóficos e ideológicos norteadores da Ciência Política, a partir
do Renascimento;
3. traçar
um quadro comparativo entre a defesa do Estado absolutista por pensadores
distintos, como Nicolau Maquiavel e Thomas Hobbes.
Desenvolvimento
A
aula expositiva será dividida em dois momentos distintos:
a)
abordagem clara e direta, por parte do
docente, do tema proposto, buscando conduzir os discentes a uma reflexão
crítica e valorativa acerca das questões suscitadas em sala de aula,
valorizando sempre a interdisciplinaridade e a pertinência do conhecimento,
evitando a fragmentação;
b)
proposição, por parte do docente, de
realização de pesquisa acerca da temática, por parte dos discentes, visando o
aprendizado e a discussão das discussões suscitadas em sala de aula,
facilitando o direcionamento dos estudos referentes aos temas expostos, a
partir da elaboração e entrega de um questionário acerca do tema, com indicação
de pesquisa bibliográfica.
Avaliação
A
avaliação será contínua, construída a partir de elementos que irão sempre além
da avaliação escrita, como a assiduidade, a pontualidade, a participação nas
aulas, as pesquisas elaboradas, as discussões fomentadas.
Os
discentes deverão discutir os temas propostos em grupos de até quatro
componentes, buscando uma melhor compreensão das temáticas abordadas e
discutidas nas aulas, buscando elaborar questionamentos e conclusões, surgidos
da reflexão.
Conteúdo programático
AS TEORIAS DE CUNHO
ABSOLUTISTA
O PENSAMENTO
POLÍTICO DE NICOLAU MAQUIAVEL
Ø
Precursor da
Sociologia e da Ciência Política, Nicolau Maquiavel forneceu uma grande
contribuição para as Ciências Sociais.
Ø
O Maquiavelismo e o momento político de
seu tempo.
Ø
Defesa de uma supremacia
da razão de Estado.
Ø
Relacionou os
conceitos de virtude e vício aos interesses do Estado.
Ø
Separação
contundente entre ética e política.
Ø
Moralidade e
política, no pensamento de Maquiavel: a amoralidade como característica da
política.
Ø
Diferença entre a
moral do Estado e a moral dos indivíduos.
Ø
Defesa da
existência de um Estado absoluto: fundamentação política do absolutismo.
Ø
Rompimento com a
concepção teocêntrica de seu tempo.
Ø
Defesa da
unificação italiana.
Ø
Influência do
pensamento de Maquiavel até a contemporaneidade.
Ø Maquiavel escreveu “O
Príncipe”: para muitos, a Bíblia do Absolutismo, obra em que procedeu à discussão
de temas relacionados com a conquista e manutenção do Estado absolutista, além
de outros pontos de vista, tais como:
a) a preocupação dos governantes com a guerra, mesmo em tempo de
paz;
b) a diferença
entre o principado civil e o principado eclesiástico;
c) a preocupação com temas como a generosidade e a parcimônia do governante, bem como acerca da manutenção da palavra
do Príncipe;
d) a enumeração dos sentimentos que deveria o Príncipe evitar ou estimular: amor; temor; desprezo; ódio.
O ABSOLUTISMO DE THOMAS
HOBBES
Ø
Hobbes foi um
crítico ferrenho do estado de natureza, que identificou a natureza bélica e
predadora do homem.
Ø
Defendeu a
concentração dos poderes do Estado nas mãos do Soberano.
Ø
Elaborou uma fundamentação
religiosa do absolutismo.
Ø
Identificou na
guerra o pior dos males que pode atingir o homem.
Ø
Enumerou duas
causas para a guerra: a fraqueza do Estado e a natureza humana.
Ø
Consequências da
guerra, na concepção hobbesiana: a destruição dos laços de sociabilidade; a
geração e o estímulo à desconfiança;
Ø
Combateu a teoria
do amor natural e a teoria do animal político.
Ø
Identificou o caráter
convencional, representativo e absoluto do Estado.
Ø
Defendeu a
existência de um Pacto de submissão.
Ø
Escreveu Leviatã.
Ø Concebeu o Estado como instrumento de segurança.
Ø Enxergou o homem como lobo
do homem: homo homini lupus.
Ø Contratualista, defendeu o positivismo e a segurança jurídica.
Ø Identificou a debilidade do
caráter humano.
Ø Condenou o direito à propriedade privada.
Ø Defendeu a conservação social, identificando a incompatibilidade
desta com a liberdade individual.
Ø Condenou o poder exagerado da Igreja.
Ø Defendeu a existência de leis naturais, sendo a primeira delas a busca da paz.
Ø Identificou dois momentos no pacto
social, verdadeiro instrumento de realização da paz.
Ø Defendeu a indivisibilidade do poder soberano.
BIBLIOGRAFIA:
BOBBIO, Norberto. Direito e Estado no pensamento de Emanuel Kant. Trad, Alfredo Fait,
4ª ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1997, 168 p.
CODATO, Adriano. Filósofos na sala de aula, vol. 2. Adriano Codato...(et al.);
organização e prefácio Vinícius de Figueiredo. São Paulo: Berlendis & Vertecchia,
2007.
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Tradução Maria Lúcia Carmo. Rio de janeiro: Paz e
Terra, 1996.
RUSSELL, Bertrand. História do pensamento ocidental: a aventura dos pré-socráticos a
Wittgenstein. Trad. Laura Alves e Aurélio Rebello. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2013.
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